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quarta-feira, 12 de maio de 2010

O novo de hoje, quarta 12 de maio

Bem, isso na verdade foi um lugar desconhecido. Foi um encontro com um novo ainda não experimentado e, por isso, cru, nu, algo que não se pôde medir nem controlar nem abdicar. Um confinamento real, um confronto real com a existência de nós quatro juntas ali, largadas, sem amparo, sem proteção, sem certezas. Não havia saída, só havia a luta por estar ali. Nem por conseguir vencer algo - até porque isso nós não conseguimos, efetivamente - mas, somente por termos estado ali vivas e presentes diante do bicho do vazio. Sim, foi um silêncio, um desconforto, uma estafa, um desgaste corporal que não ajudava a cena andar. A cena não andava! Eram tentativas reais que se sucediam, mas que não vingavam. Simplesmente estavam ali por estar, por se mostrar, por afirmarem esse encontro conosco - atrizes e tentativas que, pro nosso desespero - ou não - nos atrapalharam de uma forma absurda hoje. Foi horrível pra mim estar ali. Sensação de domínio total de uma força maior sobre as nossas forças porque, como eu, não conseguia enxergar ninguém mais agindo. Só estando. Só persistindo.