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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

PRIMEIRA TENTATIVA: Por que Estamos Enterrando Godot?

Na tentativa de um inicio, através da noção de poéticas negativas, enterramos Godot para despir-nos da existência pré-criada e preparada externamente para no's, para começar nos debatendo com o único que é nosso: no's mesmos, a nossa presença e existência inegáveis e irremediáveis já que "o corpo do ator é a própria obra". No sentido vertical da ideia, diria que nessa cena já nos despiríamos sim, fisica e violentamente, pois, afinal de contas, estamos enterrando a unica possibilidade de arriscarmos uma fuga pra longe de ter que representar a nossa vida e o nosso pior e a dor de fazer brotar algo que faça sentido para uma platéia ali esperando ver o que. E ficamos nuas, e nus, obviamente para encontrar de novo o que acabamos de enterrar, o "Esperando Godot" que sempre foi o nome secreto de Miranda. E agora Miranda, inevitavelmente, já começa nos boicotando da pior forma, provando que o nosso erro está em achar que tentando expandir os limites da obra acharemos algo diferente do que ela mesma.