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Após SINFONIA SONHO, a companhia carioca Teatro Inominável retorna com a comitragédia VAZIO É O QUE NÃO FALTA, MIRANDA

Após o sucesso de SINFONIA SONHO em 2012, indicado na categoria Direção ao 2º Prêmio Questão de Crítica no Rio de Janeiro, a companhia carioca Teatro Inominável inicia 2013 trazendo aos palcos o segundo espetáculo de seu repertório. VAZIO É O QUE NÃO FALTA, MIRANDA, que estreou em 2010, apresenta as atrizes da companhia (Adassa Martins, Caroline Helena, Laura Nielsen e Natássia Vello) e o diretor (Diogo Liberano) na tentativa, sem sucesso, de encenar a obra “Esperando Godot” de Samuel Beckett.


Iniciado em outubro de 2009, o processo travou um longo embate com a peça do dramaturgo irlandês para redescobrir, se possível, o seu valor que faz décadas é tão divulgado. Em “Esperando Godot”, o dramaturgo irlandês falecido em 1989 apresenta dois mendigos à espera de Godot, que parece ter em mãos a salvação mais imediata dos pobres homens. Nesta obra marcante do pós-guerra, Beckett faz um retrato da condição humana marcado pela angústia de estar vivo, apresentando um vazio existencial que ainda hoje encontra eco no homem contemporâneo.

Em MIRANDA, porém, tal angústia existencial encontrou seu contraponto mais sincero na angústia criacional das atrizes e do dramaturgo/diretor. O teatro foi o instrumento escolhido para que os artistas pudessem se relacionar com o mundo de hoje e com as suas questões mais imediatas. MIRANDA, dessa forma, é uma tentativa de tirar proveito do vazio, buscando sinalizar sua existência enquanto parte constituinte de todo e qualquer ser. Assim, por meio de uma sucessão de jogos com a linguagem e com a sua própria falência, as atrizes tentam realizar cenas que não se montam de fato, visto que faz parte da peça ser incompletude.

O espetáculo nasceu como projeto curricular na Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ – em 2010 e já cumpriu quatro temporadas de sucesso no Rio de Janeiro: a primeira em setembro de 2010, na Ocupação Câmbio do Teatro Estadual Glaucio Gill; e a segunda em dezembro do mesmo ano, na Rampa, Lugar de Criação; a terceira em junho de 2012 na sede da Cia. dos Atores, integrando a programação anual da Cia. Dos Atores; e a última, no Espaço Cultural Sérgio Porto, em setembro de 2012, integrando a [mostra hífen de pesquisa-cena].

Nas palavras do dramaturgo/diretor Diogo Liberano, MIRANDA acabou virando um estudo sobre o erro e sobre a tentativa, sobre o nosso desespero por saciedade e a nossa dificuldade em lidar com todo e qualquer tipo de falta.

Sinopse
Quatro atrizes e um diretor tentam encenar a obra “Esperando Godot” de Samuel Beckett, sem sucesso.

Classificação indicativa: 16 anos

Duração: variável por apresentação, entre 60 e 80 minutos

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